sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O SER RELIGIOSO E O EVANGELHO DO REINO

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A Igreja cristã, vem perdendo nos últimos tempos, sua verdadeira identidade espiritual como instrumento que Deus usa para a salvação da humanidade, uma verdadeira tragédia nos guetos religiosos, que foi provocado pela modernidade com seus apetrechos tecnológicos e com uma mídia especulativa, gananciosa, soberba e agressora em seus pressupostos indutivos, que persuade o indivíduo a uma paixão mundana e por uma fé puramente emotiva onde o púlpito (Sagrado), transfigurou-se em um palanque eleitoral (profano), objetivando moldar a fé, as mentes e o coração dos fiéis e aprisiona-los nos guetos da política moderna e corrupta, objetivando o domínio e ascensão econômica e social dos mesmos, esse domínio não tem um caráter padronizado, mas a religião tornou-se num refúgio e esconderijo, onde tais indivíduos usando de uma astúcia instrumental e uma fé fictícia, introduzem em meio as massas com promessas subjetivistas e obscuras afim de conseguir a devida confiança, a metodologia é um evangelho paralelo, recheado de fantasias mirabolantes, manipulando assim os ouvintes e levando-os a loucura, uma fé fragmentada, materialista e de consumo, levando os fieis aos caminhos do partidarismo idealista e autoritário. A especulação e as manobras de tais mercenários tem tornado o cristão em um escravo do sistema político-religioso, que atualmente rege a sociedade moderna.

“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares”.  Mateus 10:34-36.

Esses versículos traz a luz o que posteriormente viria acontecer no decorrer dos tempos em que o evangelho seria propagado na face da terra. Isso é, uma guerra sem precedentes e sem trégua, a religião e não o evangelho tornou-se opositora e caminha na contra-mão do real propósito do evangelho que propaga o reino de Cristo. A religião tornou-se sensacionalista, fantasiosa com veemência aos símbolos e as profecias bíblicas como forma de manipulação para hipnotizar os fiéis e aprisiona-los aos eventos apocalípticos. O ser humano tornou-se um escravo desse sistema religioso que propaga um misticismo puramente especulativo.

O Evangelho do Reino
Etimologicamente a palavra evangelho significa “boas novas ou boas notícias”, derivado do grego, ευαγγέλιον, euangelion (eu, bom, angelion, mensagem.

A Religião.

religião,crenças culturais,símbolos religiosos,religareReligião do latim “Religare”. Especulam-se várias origens etimológicas, originando daí, um conjunto de sistemas culturais e de crenças com variadas visões de mundo e do saber teológico, estabelecendo uma série de símbolos relacionados ao ser humano com uma inclinação espiritualizada e baseada nos valores éticos e morais, a mesma tornou-se um sinônimo de fé e de crença fundamentadas em instituições organizadas e clericais de forma sistemática e individual em seus rituais e conceitos doutrinários, focam na subjetividade do indivíduo e no seu comportamento, criam leis exclusivistas e universais e obrigatórias aos seus integrantes.  Novos conceitos institucionais tem surgido na modernidade como “construtivismo social” com alegações do modelo “abraâmico” como interpretativo da realidade, a religião moderna difere em muito do evangelho do reino de Cristo, por exemplo: O Religioso não aceita a morte: Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á. a doença, a pobreza”. Mateus. 10 39, O Religioso não aceita a pobreza, mas  o evangelho diz: “Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, Nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordões; porque digno é o operário do seu alimento” . Mateus 10:9,10. O Religioso diz que é a doença é pecado, mas o evangelho diz; “A alma que pecar, essa morrerá, (morrer espiritualmente); o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho”. Ezequiel 18:20. O Religioso prega a inclusão de seus membros na política mundana e em seus cargos públicos, mas o evangelho diz; “Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte. João 6:15. O Religioso regula a vida privada e pública e o comportamento de seus adeptos promovendo uma competição afim de promover uma competição da ordem e gerar progresso, mas o evangelho diz; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32. O Religioso é recheado de fantasias e promove em suas reuniões, um teatrismo teológico e filosofias positivistas e de uma superioridade altruísta, enquanto que o evangelho diz; Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade”. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra”. Tito 1.14,16.

O Religioso.
O Apostolo Paulo descreve de forma concisa quem são os religiosos; Porque muito há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas”. Filipenses 3:18,19

Paulo deixou de ser religioso para ser cristão.
“Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo”. Filipenses 3:5-7.

Os Religiosos vivem de sinais:

E, chegando-se os fariseus e os saduceus, para o tentarem, pediram-lhe que lhes mostrassem algum sinal do céu. Mateus 16.1, Tomé antes de se converter era religioso; “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”. João 20:25.
"Diante de tal situação, os discípulos Tiago e João, propuseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para que sejam aniquilados?” Lucas 9.54.“Mas Elias retrucou ao capitão com seus cinquenta soldados: “Se sou homem de Deus, que desça fogo do céu e extermine a ti e aos teus cinquenta homens!” E, naquele mesmo instante, rompeu um fogo arrasador do céu e consumiu o oficial e todos os seus soldados”. 2 Reis 1:10.
A tradição religiosa sempre trabalhou com sacramentos “Sinais visíveis”, assim como muitas instituições religiosas que só crê e prega que tem que haver sinais e mudanças como riqueza, saúde. Max Weber, em sua análise da sociologia do fenômeno religioso, descreve a relação entre visão de mundo por determinada ética religiosa e as formas de ações sociais entendendo que tal prática visa legitimar a religião como agente promotora da estrutura social, afirmando também existir uma interdependência entre o sagrado e o profano, onde o sagrado promove benefícios e êxito ao profano e vice-versa. Uma falsa religião é conhecida por suas doutrinas fora do contexto bíblico as quais são mutantes, passageiras e são impostas conforme a realidade secular; “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados”. Colossenses 2:16.

Ser religioso é professar a fé em uma determinada religião ou seita como também em um determinado deus ou deuses, podendo ser um místico, um ascético, um observador, pois ser religioso contraria os princípios cristãos, onde a força dessas religiões profanas é o fanatismo. Mas ser cristão é ser seguidor de Cristo onde os apóstolos foram chamados pela primeira vez de Cristãos (atos 11.26), ser cristão exige renúncia total, abandonar a vida mundana e uma vida de dedicação, como cultuar, orar, jejuar, fazer obras, pregar o evangelho, participar da santa ceia e uma vida comum entre os irmãos. Outra diferença entre o religioso e o cristão é que o religioso mantém uma vida de aparências e uma reforma do exterior onde o indivíduo precisa estar de bem com a sociedade, enquanto que o cristão sofre uma mudança interior de caráter, de personalidade. “ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Pois atravessam os mares e viajam por toda a terra a fim de converter uma pessoa a sua religião. E quando conseguem tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno do que vocês”. Mateus 23.13,15.123,24. Existe uma diferença entre religião e ser religioso, onde o religioso é aquele que não tem compromisso com a fé cristã e frequenta uma certa instituição apenas por curiosidade ou intuição, enquanto que o termo “Religião”para o cristianismo, é concernente aos indivíduos que realmente tem o compromisso e propósito de servir a Deus. Ser “Religioso” requer na verdade um certo grau de espiritualidade e compromisso com o cristianismo.

Autor:

Pr. Adilau 
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IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA UNIVERSAL



Referências:

Fontes pesquisadas: https://www.bibliaonline.com.br/
Fontes pesquisadas: http://bibliaportugues.com/
Fontes pesquisadas: https://www.google.com.br/search


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